Como diria Nietzsche, em Aurora (464), presentear alguém deve ser algo feito da maneira mais anônima possível. Nada mais presunçoso do que presentear com aquele sorriso piegas no rosto. A Natureza, quando nos presenteia com sol ou com uma chuva necessária, não o faz com intenção piedosa ou piegas; fá-lo sem sentido inerente, gratuitamente. São os cristãos, afirma Nietzsche, que dizem ser o sol ou a chuva um presente de Deus. Mas estão errados, erradíssimos. A pieguice cristã, além disso, coloca no presentear uma espécie de querer: aquele querer de afago e de retribuição, a necessidade de sentir-se lambido por um cachorro, o que faz da caridade cristã o mais abominável dos sentimentos. Em suma: presentear é bom, mas há um como presentear a ser observado.
Fascinating Sammy!!! Vou passar para alguns cristaos que conheço.
Lázaro, cuidado para não ofendê-los, pelo amor de Deus…